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O que está a faltar à Industrial Internet of Things: Software e Pessoas
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Há actualmente um hype desmesurado em torno da Internet of Things e nós não estamos inocentes. Especialmente quando se fala do “gémeo industrial” da IoT: a Industrial Internet of Things.

Buzzwords à parte, a tendência da Industrial Internet of Things, juntamente com a tendência da impressão 3D industrial, contém a promessa altamente gratificante de trazer os trabalhadores industriais da sua actividade típica do século XIX, onde os princípios de eficiência de Henry Ford e Frederick Taylor ainda são os ideais a atingir, para o século XXI, muito mais próximo da economia do conhecimento e da inovação e disrupção tecnológicas que temos visto nas últimas décadas em aréas como a web. Já começámos a ver essa inovação nas linhas de montagem (quase) totalmente automatizadas nas fábricas de aumóveis eléctricos da Tesla, por exemplo. Mas nós achamos que podemos fazer mais.

Tesla Robot Factory Seat

Em primeiro lugar, a Tesla teve a oportunidade de construir tudo como novo. Os negócios industriais e de manufactura mais bem sucedidos e mais antigos existem desde o séc XIX ou pelo menos desde os anos 50 do séc XX. A maior parte dos que ainda operam hoje actualizaram-se ao longo dos tempos adaptando-se às novas realidades e não começando do zero. Os que tiveram oportunidade de redesenhar o seu negócio do zero e que de facto o fizeram são muito poucos.

Pode parecer chocante para si mas a maior parte das coisas físicas que o rodeiam, desde roupa a mobiliário a dispositivos electrónicos ainda são feitas por um trabalhador fabril com ajuda de tecnologia dos anos 80. E isso é num cenário optimista.

Tesla Model S Assembly line workers

O que isso quer dizer para a Industrial Internet of Things é que estes negócios não se vão reconstruir do zero. Vão-se adaptar. Como sempre o fizeram. Irão pegar em sensores e colocá-los nas suas máquinas “velhas mas rijas” para as converter em “máquinas digitais”, por exemplo.

Também irão medir a performance dos seus trabalhadores de forma mais efectiva e com mais detalhe. “Picar o ponto” duas vezes por dia não é suficiente para criar dados dos quais se possa extrair insights valiosos. Para além disso, a quantidade de burocracia necessária para manter os dados da produção actualizados em papel é avassaladora. E esses são dados sobre os quais não pode agir uma vez que há sempre um tempo média de atraso de cerca de duas semanas entre a acção (as operações) e o processamento de dados (“preencher a papelada”). Qual é a vantagem de perceber agora que tivemos um problema há duas semanas atrás? O mal está feito.

É aí que a Prodsmart entra. Pegamos em todo o papel que cobre, literalmente em alguns casos, a sua fábrica e substituímo-lo por um tablet com uma aplicação de introdução de dados muito simples e fácil de usar. E no módulo de gestão e análise processamos todo o input humano que os seus trabalhadores criam e damos-lhe sentido. E estamos também a trabalhar com a empresas de sensores que integram com a nossa plataforma para que consiga saber absolutamente tudo sobre o seu chão-de-fábrica em tempo real. Para que conheça as suas operações melhor do que a palma da sua mão.

É isso que a Prodsmart trás para cima da mesa da Industrial Internet of Things: software e pessoas. “Pessoas” porque os dados sobre a actividade dos trabalhadores, os mais importantes na nossa opinião, têm de ser captados de alguma forma. “Software” porque é preciso que os sensores e as máquinas (hardware) integrem com a mesma plataforma que tudo o resto. O resultado é toda a informação do seu chão-de-fábrica actualizada em tempo real.